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A forma como nossas pupilas reagem pode ser um indicador surpreendente de nossa flexibilidade e estabilidade cognitiva. Pesquisas recentes exploraram a relação entre a atividade pupilar tônica (o tamanho médio da pupila ao longo do tempo) e fásica (as mudanças rápidas no tamanho da pupila) e diferentes aspectos do controle cognitivo, como a capacidade de alternar entre tarefas e a resistência a distrações.

Estudos anteriores já haviam demonstrado que uma maior atividade pupilar fásica está associada a um melhor desempenho em tarefas que exigem alternância rápida, como o teste de Stroop. Por outro lado, uma maior atividade pupilar tônica tem sido relacionada a um comportamento mais exploratório. A nova pesquisa aprofunda essa compreensão, investigando como esses dois tipos de atividade pupilar influenciam a flexibilidade cognitiva (a capacidade de se adaptar a novas situações) e a estabilidade cognitiva (a capacidade de manter o foco e resistir a distrações), que podem ser vistas como habilidades opostas.

Os resultados revelaram que indivíduos com uma menor preferência por alternar voluntariamente entre tarefas, ou seja, menor flexibilidade, tendem a apresentar maiores custos de alternância (mais dificuldade em mudar de tarefa) e tempos de reação mais rápidos em tarefas que exigem inibição de distrações (maior estabilidade). Além disso, um aumento na resposta pupilar fásica durante a alternância de tarefas foi associado a menores custos de alternância, indicando maior flexibilidade. Contrariamente ao esperado, indivíduos com um diâmetro pupilar tônico médio maior mostraram uma menor propensão a alternar voluntariamente entre tarefas. Surpreendentemente, medidas mais elevadas da pupila tônica previram erros mais rápidos em tarefas que medem a estabilidade cognitiva e um maior desinteresse geral pela tarefa, demonstrando uma complexa relação entre a atividade pupilar e os processos cognitivos.

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