Saúde Desvendada

Seu local de informações de saúde

Um estudo recente publicado no Journal of Autism and Developmental Disorders lança luz sobre as particularidades da expressão escrita em mulheres autistas. A pesquisa explorou as características linguísticas presentes em narrativas pessoais escritas por mulheres com e sem autismo, revelando diferenças significativas em diversos aspectos.

O estudo analisou 15 mulheres autistas e 15 não autistas, solicitando que escrevessem quatro memórias episódicas baseadas em palavras-chave que evocavam emoções como orgulho, tristeza, felicidade e raiva. As narrativas foram então avaliadas em três dimensões linguísticas principais: microestrutura (extensão da narrativa, variabilidade lexical, uso de palavras únicas e de baixa frequência), macroestrutura (uso de conectivos causais) e linguagem de estado interno (palavras relacionadas a emoção, cognição, percepção, modalidade e avaliação).

Os resultados indicaram que as mulheres autistas produziram narrativas consideravelmente mais longas, com maior variabilidade lexical e um vocabulário mais rico em palavras únicas e incomuns, especialmente ao descreverem emoções negativas. Em contrapartida, elas tenderam a usar menos conectivos causais explícitos e apresentaram um uso reduzido de palavras relacionadas à cognição, mas demonstraram maior frequência no uso de termos associados à percepção. Essas descobertas sugerem que as mulheres autistas podem ter uma abordagem distinta na hora de expressar seus pensamentos e sentimentos por escrito, destacando a importância de considerar as nuances de gênero e neurodiversidade na compreensão da comunicação.

Origem: Link

Deixe comentário