Dança e Parkinson: Um Passo à Frente na Mobilidade e Bem-Estar
A doença de Parkinson, condição neurológica progressiva, afeta o movimento e pode impactar significativamente a qualidade de vida. Pesquisas recentes têm explorado abordagens inovadoras para auxiliar no tratamento dos sintomas, e a dança surge como uma intervenção promissora. Um estudo investigou os efeitos de curto prazo de uma única aula de dança nas habilidades motoras e não motoras de pessoas que vivem com Parkinson.
O estudo, que utilizou uma metodologia cruzada, envolveu a participação de dezenove indivíduos. Os participantes realizaram tanto uma aula de dança quanto uma palestra (grupo controle) com um intervalo de sete dias, em ordem aleatória. Antes e após cada atividade, foram avaliados diversos aspectos, como marcha, equilíbrio, mobilidade funcional e habilidades cognitivas. Adicionalmente, os participantes registraram suas percepções sobre fadiga, energia, depressão, ansiedade, concentração e movimento utilizando uma escala visual analógica.
Os resultados indicaram que a mobilidade funcional, medida pelo teste Timed Up and Go, apresentou uma melhora mais significativa após a aula de dança em comparação com a palestra. Embora outras medidas de equilíbrio, cognição e ansiedade tenham demonstrado melhorias significativas após ambas as atividades, sugere-se que tanto a dança quanto a palestra podem ter impactos positivos comparáveis nesses aspectos, ou que o efeito da prática pode ter influenciado os resultados. Os achados ressaltam o potencial da dança como uma ferramenta complementar no tratamento do Parkinson, especialmente no que tange à mobilidade. No entanto, os autores enfatizam a necessidade de pesquisas adicionais para confirmar a magnitude dos efeitos da dança a curto prazo na mobilidade funcional, além de investigar o impacto da dança na cognição e ansiedade, e aprimorar as metodologias de estudo nesse campo. A dança, portanto, representa uma via promissora para melhorar a qualidade de vida e promover o bem-estar de indivíduos com Parkinson, merecendo atenção contínua da comunidade científica e da área da saúde.
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