COVID-19: Crianças com Autismo e Deficiências Enfrentam Mais Desafios
Um estudo recente revelou que crianças e jovens com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outras deficiências de desenvolvimento (DD) apresentaram maior probabilidade de testar positivo para COVID-19 e enfrentar dificuldades em seguir as estratégias de mitigação, como o uso de máscaras e a higienização das mãos. A pesquisa, publicada no Journal of Developmental and Behavioral Pediatrics, destaca a importância de oferecer suporte específico a essa população vulnerável, especialmente em antecipação a futuras emergências de saúde pública e durante a temporada anual de doenças respiratórias.
O estudo comparou crianças com TEA e DD a um grupo de comparação da população geral. Os resultados mostraram que a prevalência de testes positivos para COVID-19 foi três vezes maior nos grupos TEA e DD. Além disso, as crianças com TEA demonstraram maior dificuldade em aderir a todas as três estratégias de mitigação avaliadas – uso de máscaras, distanciamento físico e lavagem das mãos – e também apresentaram resistência ao teste de swab nasal. Já o grupo com DD apresentou maior dificuldade em relação à lavagem das mãos e ao distanciamento físico.
Essas descobertas enfatizam a necessidade de abordagens personalizadas para proteger a saúde de crianças e jovens com TEA e DD. Estratégias de comunicação claras e adaptadas, apoio visual e reforço positivo podem ser cruciais para ajudá-los a compreender e seguir as medidas preventivas. Além disso, o estudo ressalta a importância de garantir o acesso a testes e vacinação para essa população, bem como o desenvolvimento de políticas públicas que considerem suas necessidades específicas em situações de emergência de saúde.
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