Saúde Desvendada

No futebol, a harmonia entre força e flexibilidade muscular ao redor das articulações é crucial para movimentos eficientes e estabilidade. O desequilíbrio muscular, ou assimetria, pode comprometer a função articular e aumentar o risco de lesões, especialmente em membros inferiores. Um estudo recente investigou a relação entre assimetrias no complexo lombo-pélvico-femoral e a incidência de lesões em jogadores de futebol europeus.

O futebol moderno exige mudanças rápidas de direção, acelerações, desacelerações e torções, muitas vezes realizadas com um lado do corpo dominante. Essa repetição de movimentos unilaterais pode levar ao desenvolvimento de assimetrias musculares, lateralização e padrões posturais disfuncionais. Essas alterações podem aumentar a vulnerabilidade do atleta a lesões musculoesqueléticas, principalmente durante o retorno ao esporte após um período de afastamento. A identificação precoce dessas assimetrias é fundamental para a implementação de estratégias preventivas.

A pesquisa destaca que desequilíbrios na região lombo-pélvico-femoral estão ligados a disfunções que afetam o alinhamento dos membros inferiores, podendo resultar em dores no joelho, lombalgia, lesões na virilha ou nos adutores. Deficiências rotacionais no quadril também foram identificadas como fatores preditivos para lesões do ligamento cruzado anterior (LCA) e impacto femoroacetabular (IFA). Para minimizar esses riscos, sugere-se a integração de um processo de rastreamento para identificar desequilíbrios musculares e avaliar a qualidade do movimento, tanto na pré-temporada quanto durante a temporada, com acompanhamento regular. O treino compensatório, direcionado às necessidades específicas de cada posição em campo, pode ser eficaz para reduzir assimetrias e mitigar os fatores de risco associados a distúrbios musculoesqueléticos comuns no futebol. A prevenção é, portanto, uma ferramenta essencial para manter os atletas saudáveis e em alto rendimento.

Origem: Link