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A pandemia de COVID-19 desencadeou um aumento preocupante nas emergências psiquiátricas infantis, com um impacto significativo na saúde mental de crianças e adolescentes em todo o mundo. Um estudo retrospectivo realizado em um hospital pediátrico na Itália revelou tendências alarmantes no número de visitas ao pronto-socorro pediátrico (PSP) devido a transtornos de ansiedade (TA), comportamentos de autoagressão (CAA) e agitação psicomotora (APM) antes e depois do início da pandemia.

Os resultados do estudo, que analisou dados de janeiro de 2018 a dezembro de 2024, mostram um aumento acentuado nas visitas ao PSP após a chegada da COVID-19. A incidência de CAA saltou de 3,6 para 15,1 por 10.000 visitas, enquanto a APM aumentou de 9,4 para 17,8 por 10.000 visitas. Os transtornos de ansiedade também apresentaram um crescimento, passando de 17,7 para 21,6 por 10.000 visitas. Além disso, os casos de CAA mostraram um aumento na recorrência, subindo de 3,4% para 27,4%, e uma maior necessidade de intervenção farmacológica. A agitação psicomotora, por sua vez, foi associada a um aumento na heteroagressão.

O estudo destaca a necessidade urgente de implementar protocolos padronizados de atendimento de emergência, fortalecer os serviços ambulatoriais de saúde mental e desenvolver diretrizes farmacológicas específicas para crianças, visando melhorar os resultados nessa população vulnerável. É crucial que os profissionais de saúde estejam atentos a esses sinais e ofereçam o suporte necessário para mitigar os efeitos da pandemia na saúde mental infantil. A identificação precoce e o tratamento adequado podem fazer toda a diferença na vida dessas crianças e adolescentes.

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