Asma: Eficiência Ventilatoria em Repouso Permanece Estável, Aponta Estudo
A respiração disfuncional, caracterizada pela ventilação ineficiente, é uma condição comum em pacientes com asma. Frequentemente, essa condição é identificada por meio de questionários e observação dos padrões respiratórios. No entanto, a eficiência real da ventilação raramente é avaliada de forma objetiva. Um estudo recente buscou comparar a eficiência ventilatória em repouso entre pacientes asmáticos e indivíduos saudáveis, além de verificar a estabilidade desses parâmetros ao longo de um ano.
Durante o estudo, foram realizadas medições da ventilação (VE), frequência respiratória (RR), volume corrente (VT), produção de dióxido de carbono (VCO2), pressão parcial de dióxido de carbono ao final da expiração (PETCO2), espirometria e tempo de apneia (BHT). As medições foram feitas no início do estudo (M1) e novamente entre 17 e 51 semanas depois (M2). A eficiência ventilatória (VE/VCO2) e o padrão respiratório (RR/VT) foram calculados. Os pacientes também responderam ao questionário do Teste de Controle da Asma (ACT).
Os resultados mostraram que pacientes asmáticos não bem controlados, de acordo com o ACT, e indivíduos saudáveis apresentaram parâmetros respiratórios semelhantes, com exceção do BHT (tempo de apneia) e do PETCO2 (pressão parcial de dióxido de carbono ao final da expiração). O tempo de apneia aumentou do início ao fim do estudo em ambos os grupos, porém, permaneceu menor entre os pacientes com asma. Apesar do menor tempo de apneia nos pacientes, indicando uma maior sensibilidade à dispneia (falta de ar), a eficiência ventilatória e o padrão respiratório em repouso foram similares e se mantiveram estáveis por um ano tanto em asmáticos quanto em indivíduos saudáveis. Isso sugere que, em repouso, a capacidade de ventilação de asmáticos controlados pode ser comparável à de pessoas sem a condição, mesmo com uma percepção maior de falta de ar.
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