Saúde Desvendada

Com os avanços no tratamento da hemofilia, a expectativa de vida das pessoas com essa condição aumentou significativamente. No entanto, esse aumento na longevidade traz consigo novos desafios de saúde relacionados ao envelhecimento. Um estudo recente identificou a estenose espinhal sintomática como uma complicação emergente em pessoas com hemofilia (PWH) com o avançar da idade.

A estenose espinhal é uma condição caracterizada pelo estreitamento do canal vertebral, que pode comprimir a medula espinhal e os nervos, causando dor, dormência e fraqueza nas pernas e costas. O estudo revelou que a prevalência de estenose espinhal em PWH com mais de 40 anos é maior do que a observada na população geral da mesma faixa etária. Os pesquisadores analisaram dados clínicos e radiológicos de pacientes com hemofilia A ou B moderada ou grave e observaram que 13% apresentavam estenose espinhal confirmada por exames de imagem, em comparação com 4% na população geral com mais de 60 anos.

Um aspecto importante ressaltado pelo estudo é que as avaliações articulares padrão, como o Haemophilia Joint Health Score (HJHS), podem não ser eficazes na detecção de problemas na coluna vertebral em PWH idosos. Isso destaca a necessidade de maior atenção e conscientização sobre a estenose espinhal tanto por parte dos pacientes quanto dos profissionais de saúde. Embora a pesquisa tenha identificado a estenose espinhal como um problema crescente, ainda há uma necessidade de definir estratégias de gerenciamento ideais para PWH com essa condição. O estudo aponta para a importância de desenvolver abordagens específicas para o tratamento da estenose espinhal em pacientes com hemofilia, considerando as particularidades dessa população.

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