TDAH: Metilfenidato e o Potencial na Proliferação de Células Neuronais
O transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) é uma condição neuropsiquiátrica comum, que afeta principalmente crianças e adolescentes. A etiologia do TDAH é complexa, envolvendo tanto fatores genéticos quanto ambientais. Um estudo recente investigou o papel da via de sinalização Wnt, crucial no desenvolvimento neurológico, e os efeitos do metilfenidato (MPH), um medicamento frequentemente utilizado no tratamento do TDAH, na proliferação de células-tronco neurais.
A pesquisa se concentrou em células-tronco neurais (CTNs) derivadas de células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs) de pacientes com TDAH. Estudos anteriores já haviam apontado para uma proliferação reduzida dessas células em pacientes do sexo masculino com TDAH. O novo estudo ampliou a amostra para incluir pacientes do sexo feminino e examinou se o MPH poderia influenciar a proliferação de CTNs e qual o papel da via Wnt nesse processo. Os resultados confirmaram a menor proliferação de CTNs em pacientes com TDAH. Além disso, o tratamento com MPH em baixa concentração (10 nM) pareceu modular a proliferação dessas células e também afetou a sinalização Wnt.
Curiosamente, o bloqueio da via Wnt antes do tratamento com MPH não resultou em aumento da proliferação celular. Esses achados sugerem que o MPH pode exercer seus efeitos, ao menos em parte, através da regulação da via Wnt, um caminho crítico para o desenvolvimento cerebral. Essa descoberta pode ajudar a explicar algumas das anormalidades no desenvolvimento neurológico associadas ao TDAH e os benefícios específicos observados com o uso do metilfenidato. Mais pesquisas são necessárias para entender completamente os mecanismos envolvidos e refinar as estratégias terapêuticas para o TDAH.
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