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Um estudo recente em Hong Kong investigou a prevalência de Transtorno do Espectro Autista (TEA) em crianças e jovens de 6 a 17 anos. A pesquisa, que empregou uma abordagem em duas etapas, visa preencher uma lacuna importante, já que estudos epidemiológicos sobre autismo frequentemente carecem de representação da população asiática. A pesquisa não só estimou a prevalência, mas também avaliou as propriedades psicométricas de uma ferramenta de triagem amplamente utilizada e explorou diferenças de gênero no contexto epidemiológico.

No estudo, uma amostra aleatória de 5.865 estudantes foi rastreada usando o Questionário do Espectro Autista-10 (AQ-10). Posteriormente, uma subamostra de 317 participantes passou por uma avaliação mais aprofundada com a Entrevista Diagnóstica de Autismo-Revisada. Os resultados indicaram que a prevalência estimada de autismo em Hong Kong é de 2,57%, um número comparável às estimativas recentes em países ocidentais. É importante notar que nenhum dos participantes rastreados como negativos apresentou autismo, resultando em um Valor Preditivo Negativo (VPN) de 100% para o AQ-10. No entanto, foram observados Valores Preditivos Positivos (VPP) discrepantes entre meninos (20,4%) e meninas (5,20%).

Apesar das altas taxas de falsos positivos, o estudo conclui que o AQ-10 permanece uma ferramenta valiosa para excluir o autismo e identificar indivíduos com sintomas autísticos. A pesquisa também destaca a importância de estudos baseados na comunidade para abordar as diferenças de gênero na expressão do autismo. Esses achados têm implicações significativas para a saúde pública, enfatizando a necessidade de estratégias de triagem otimizadas e uma melhor compreensão das características do autismo em diferentes populações e gêneros. O estudo ressalta a importância de considerar as particularidades culturais e regionais ao investigar a prevalência e as características do autismo.

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