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Um estudo recente investigou a ligação entre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e alterações vasculares na retina, oferecendo novas perspectivas para o rastreamento e diagnóstico do TEA. A pesquisa, conduzida na China, comparou as características vasculares da retina de crianças com TEA e um grupo de controle neurotípico, utilizando a tomografia de coerência óptica e sua angiografia.

Os resultados revelaram diferenças significativas na densidade de perfusão, diâmetro dos vasos e outros parâmetros vasculares na região peripapilar (ao redor do nervo óptico) entre os dois grupos. Notavelmente, crianças com TEA apresentaram um aumento na densidade de perfusão e no diâmetro dos vasos em um quadrante específico da retina. Além disso, um modelo de classificação construído com base nessas características vasculares demonstrou uma capacidade promissora de distinguir indivíduos com TEA de indivíduos neurotípicos.

O estudo também encontrou correlações entre os parâmetros vasculares da retina e a atividade cerebral em regiões associadas ao TEA, como a amígdala e o lobo temporal. Mais importante ainda, algumas características vasculares da retina foram capazes de prever aspectos clínicos centrais do TEA, como o funcionamento social e a capacidade cognitiva. Essas descobertas sugerem que a análise das características vasculares da retina pode servir como um biomarcador para o TEA, abrindo caminho para abordagens de triagem e diagnóstico não invasivas e baseadas em imagens da retina. Essa pesquisa oferece novas oportunidades para a compreensão dos mecanismos patológicos subjacentes ao TEA e para o desenvolvimento de aplicações clínicas inovadoras.

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