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Um estudo recente investigou como o reforço do tato, ou seja, a ação de tocar e nomear objetos, pode influenciar a capacidade de recordação em crianças e adolescentes com autismo. A pesquisa, publicada no The Analysis of Verbal Behavior, explorou se a atenção direcionada e a nomeação de estímulos em uma situação poderiam facilitar a lembrança dessa mesma situação posteriormente.

No experimento, um grupo de participantes com autismo foi exposto a diferentes conjuntos de slides contendo figuras em preto e branco representando ações. Em seguida, foi solicitado que eles recordassem as imagens que haviam visto. Os pesquisadores compararam três condições distintas durante a apresentação das imagens: a primeira, onde os participantes observavam as figuras em silêncio; a segunda, onde eram incentivados a tocar e nomear as figuras, com reforço positivo; e a terceira, onde realizavam uma tarefa de bloqueio, repetindo sequências de letras e números para distrair a atenção. Os resultados indicaram que, para a maioria dos participantes, a recordação foi significativamente melhor na condição em que o tato e a nomeação das figuras eram incentivados.

Essa descoberta sugere que o estímulo tátil e a nomeação ativa de objetos podem desempenhar um papel crucial no aprimoramento da memória em indivíduos com autismo. Embora o estudo apresente algumas limitações, ele abre novas perspectivas para o desenvolvimento de intervenções e estratégias terapêuticas focadas na utilização do tato como ferramenta para fortalecer a capacidade de aprendizado e recordação. Mais pesquisas são necessárias para explorar a fundo os mecanismos subjacentes a essa relação e para identificar as melhores práticas para implementar o reforço tátil de forma eficaz no contexto terapêutico e educacional.

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