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Um estudo recente publicado no Journal of Personalized Medicine investigou o potencial da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) como um indicador para prever a resposta ao propranolol em crianças e jovens adultos com autismo. O propranolol, um antagonista beta-adrenérgico não seletivo, tem demonstrado promessa na redução da ansiedade em indivíduos autistas. A pesquisa buscou identificar se a VFC em repouso, um marcador cardíaco não invasivo da função do sistema nervoso autônomo, poderia auxiliar na identificação de pacientes com maior probabilidade de se beneficiarem do tratamento.

O estudo envolveu 62 participantes autistas com idades entre 7 e 24 anos. Os pesquisadores coletaram dados da VFC em repouso e outras medidas cardíacas por meio de eletrocardiogramas. Os participantes foram submetidos a um ensaio de duas fases com propranolol: um ensaio randomizado controlado de 12 semanas seguido por uma extensão aberta de 12 semanas. A avaliação do impacto do tratamento foi realizada através da impressão clínica global para sintomas de ansiedade e impacto comportamental geral.

Os resultados revelaram que as variáveis da VFC foram capazes de prever a resposta da ansiedade ao propranolol no nível do grupo, especialmente para aqueles que responderam fortemente ao medicamento. Além disso, valores basais mais baixos dos índices de VFC parassimpática se correlacionaram significativamente com maior melhora comportamental após o tratamento com propranolol. Várias variáveis cardíacas basais também foram associadas à melhora em múltiplos domínios comportamentais. Em conclusão, a VFC pode representar um biomarcador promissor para prever a redução da ansiedade e dos sintomas comportamentais em resposta ao propranolol em crianças e jovens adultos com autismo. A identificação de perfis autonômicos associados a resultados positivos do tratamento pode direcionar futuras intervenções personalizadas no autismo.

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