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Crianças com cardiopatia congênita (CC) enfrentam um risco aumentado de desenvolver sequelas neurocognitivas. Embora a causa dessas dificuldades seja complexa e multifatorial, os mecanismos exatos permanecem pouco claros. Um estudo recente buscou entender melhor essa relação, comparando os espectros de potência da atividade eletroencefalográfica (EEG) pós-operatória de crianças com CC submetidas a cirurgia cardíaca com um grupo de controle saudável. O objetivo era identificar diferenças nas oscilações cerebrais e na arquitetura cerebral.

O estudo envolveu 35 crianças com CC que passaram por cirurgia cardíaca antes dos seis meses de idade, além de 35 crianças saudáveis, com idades correspondentes. Após a cirurgia e antes da alta hospitalar, as crianças com CC foram submetidas a EEG multicanal e avaliação psicomotora utilizando a Escala de Desenvolvimento Mental de Griffiths (GMDS). Na avaliação psicomotora, a maioria das crianças com CC (71%) apresentou uma pontuação total normal na GMDS, enquanto 20% estavam na zona limítrofe e 5% apresentaram comprometimento.

Os resultados revelaram diferenças significativas na atividade EEG entre os grupos CC e controle, particularmente nas bandas alfa e beta. Além disso, observou-se que, no grupo CC, a potência do EEG não apresentou correlação com a idade, um achado que sugere um desenvolvimento atípico das redes cerebrais responsáveis por marcos cognitivos precoces. Essas descobertas destacam a importância do acompanhamento neurocognitivo em crianças com cardiopatia congênita, visando a intervenção precoce e o suporte adequado para otimizar seu desenvolvimento.

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