Estabilidade da MEG com Magnetômetros Bombeados Opticamente: Um Novo Marco na Neurociência
A magnetoencefalografia (MEG) é uma técnica não invasiva que mede a atividade cerebral através da detecção de campos magnéticos. Tradicionalmente utilizada para diagnóstico clínico e monitoramento da progressão de tratamentos neurológicos, a MEG tem evoluído com o surgimento de novas tecnologias, como os magnetômetros bombeados opticamente (OPMs). Estes prometem revolucionar a área, oferecendo maior sensibilidade e flexibilidade nas medições cerebrais.
Um estudo recente investigou a estabilidade e confiabilidade das respostas cerebrais medidas por MEG utilizando OPMs. A pesquisa, que envolveu a análise de respostas evocadas, induzidas e passivas em participantes durante múltiplos dias, revelou que certas respostas, como a resposta M170 (relacionada ao reconhecimento facial), demonstram notável consistência ao longo do tempo. Esta estabilidade é crucial para estabelecer um padrão de referência robusto, permitindo aos pesquisadores e clínicos identificar mudanças significativas na atividade cerebral que possam indicar condições neurológicas ou a eficácia de intervenções terapêuticas.
Os resultados também destacaram que as respostas induzidas tendem a ser mais variáveis em comparação com as respostas evocadas. No entanto, a potência da MEG passiva, particularmente na banda alfa (uma faixa de frequência associada ao relaxamento e à atenção), mostrou alta consistência entre as sessões. Estes achados contribuem para a validação da MEG com OPMs como uma ferramenta confiável e promissora para o estudo da função cerebral e o diagnóstico de distúrbios neurológicos. A capacidade de obter medições estáveis e repetíveis é fundamental para avançar na compreensão do cérebro e desenvolver novas abordagens terapêuticas.
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