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A catatonia é uma síndrome psicomotora grave, frequentemente associada a transtornos depressivos, bipolares e psicóticos. Quando não tratada, pode levar a complicações sérias e até mesmo à morte. O tratamento padrão geralmente envolve altas doses de lorazepam, um modulador do receptor GABA-A, mas em cerca de 25% dos casos, esse medicamento não é eficaz. Nesses casos, a eletroconvulsoterapia (ECT) surge como alternativa, embora apresente efeitos colaterais significativos e resistência por parte de pacientes e cuidadores. Diante desse cenário, a busca por novas terapias para a catatonia é urgente.

Um estudo promissor está investigando o potencial do oxibato de sódio, um precursor do GABA e agonista do receptor GABA-B, como uma nova opção de tratamento. O estudo, chamado Laborit, consiste em uma coorte observacional e um ensaio clínico randomizado (RCT) cego. Pacientes com catatonia internados em enfermarias psiquiátricas serão incluídos na coorte, onde suas características clínicas serão registradas e receberão o tratamento padrão com lorazepam. Após quatro dias, a resposta ao tratamento será avaliada através da Escala de Avaliação de Catatonia de Bush Francis (BFCRS). Pacientes com melhora inferior a 50% na BFCRS serão elegíveis para o ensaio clínico.

No ensaio clínico, 42 pacientes serão randomizados para receber oxibato de sódio ou continuar com o lorazepam. O principal objetivo é avaliar a resposta ao tratamento, medida pela mudança na pontuação da BFCRS após quatro dias. Uma redução de 50% ou mais na BFCRS será considerada uma resposta positiva, e os pacientes continuarão com o tratamento alocado por mais 10 dias. Se os resultados forem positivos, este RCT pode abrir caminho para que pesquisadores e clínicos introduzam uma nova opção de tratamento farmacológico para a catatonia, beneficiando pacientes que sofrem dessa grave síndrome e oferecendo aos profissionais de saúde uma alternativa terapêutica adicional.

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