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Crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) podem apresentar alterações oftalmológicas que, se não diagnosticadas e tratadas precocemente, podem impactar negativamente seu desenvolvimento psicomotor e social. Um estudo recente investigou a frequência dessas alterações visuais em crianças com TEA, ressaltando a importância de exames oftalmológicos regulares.

O estudo analisou retrospectivamente os prontuários de 60 crianças com TEA, sendo 40 meninos e 20 meninas, com idades entre 4 e 18 anos. Os pesquisadores avaliaram a presença de miopia, hipermetropia, astigmatismo, anisometropia (diferença significativa de refração entre os olhos), ambliopia (olho preguiçoso) e estrabismo. Os resultados mostraram uma prevalência considerável dessas condições, incluindo alta incidência de hipermetropia e astigmatismo miópico. A detecção e correção dessas condições refrativas são cruciais para garantir uma visão adequada e facilitar o aprendizado e a interação social.

Os resultados do estudo revelaram que 38,33% das crianças apresentavam emmetropia (visão normal), enquanto as demais apresentavam algum tipo de alteração. A hipermetropia foi mais frequente em meninas, sendo a única diferença estatisticamente significativa entre os gêneros. A presença de estrabismo (desvio ocular) e outras condições como ptose (queda da pálpebra) e nistagmo (movimentos involuntários dos olhos) também foram observadas. Dada a alta prevalência de problemas oftalmológicos em crianças com TEA, é fundamental que pais e cuidadores estejam atentos e procurem avaliação oftalmológica completa para garantir o desenvolvimento visual adequado e melhorar a qualidade de vida dessas crianças.

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