Amantadina: Uma Nova Esperança no Tratamento de Distúrbios Neuropsiquiátricos Causados pela Ativação Imune Materna?
A ativação imune materna (MIA), desencadeada por infecções virais durante a gravidez, tem sido associada a um aumento no risco de distúrbios do neurodesenvolvimento em crianças. Um estudo recente investigou o potencial da amantadina (AMA), um medicamento antiviral comumente utilizado em neurologia, no tratamento da MIA e na prevenção de problemas neurológicos em seus descendentes.
A pesquisa, conduzida utilizando modelos animais, revelou que a administração de AMA durante a gestação foi capaz de reduzir os níveis de interleucina-6 (IL-6) no sangue materno. IL-6 é uma citocina inflamatória que desempenha um papel importante na resposta imune. Além disso, o tratamento com AMA melhorou comportamentos semelhantes ao autismo nos filhotes e preveniu danos neuronais e neuroinflamação. Os pesquisadores observaram que a AMA inibe a ativação anormal da micróglia, células do sistema nervoso central responsáveis pela resposta imune no cérebro, modulando as vias inflamatórias associadas à IL-6.
Os resultados sugerem que a amantadina pode ser uma estratégia promissora para mitigar os efeitos negativos da ativação imune materna no desenvolvimento neurológico dos filhos. A capacidade da AMA de atenuar danos neuronais, reduzir a apoptose (morte celular programada) e inibir a neuroinflamação a torna um potencial tratamento para MIA. É importante ressaltar que esta é uma pesquisa inicial e são necessários mais estudos em humanos para confirmar esses achados e determinar a segurança e eficácia da amantadina em mulheres grávidas.
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