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A deficiência de estrogênio em mulheres na pós-menopausa pode exacerbar a inflamação associada ao envelhecimento, aumentando o risco de distúrbios neuroinflamatórios. Embora a atividade física possa atenuar esse risco, nem sempre é uma opção viável para todas as pacientes. Nesse contexto, a metformina, um medicamento antidiabético, tem sido considerada como um possível “imitador” dos efeitos do exercício, devido à sua capacidade de reduzir a inflamação sistêmica.

Um estudo recente investigou o impacto do exercício voluntário em roda (VWR) e do tratamento com metformina (MF) na neuroinflamação em camundongos fêmeas submetidas à ooforectomia (remoção dos ovários). Foram utilizados camundongos de meia-idade e jovens adultas, que passaram por ooforectomia ou uma operação simulada (SHAM). Os animais tiveram acesso à VWR ou MF na água potável por seis semanas. Um grupo controle sedentário recebeu apenas água. Amostras do córtex frontal e do soro foram coletadas para avaliação posterior utilizando métodos como Western blot, RT-qPCR e ELISA.

Os resultados mostraram que a ooforectomia reduziu a atividade de corrida em ambos os grupos etários. Uma diminuição na expressão de NLRP3 foi observada em camundongos de meia-idade após a atividade física. A razão NF-κB p-p65/p65 aumentou nos camundongos jovens submetidos a ooforectomia e tratados com metformina em comparação com os camundongos jovens submetidos à operação simulada e tratados com metformina. Esses achados indicam um efeito modulador da corrida e da metformina na neuroinflamação, com efeitos variáveis que parecem estar relacionados à idade e ao estado ovariano. A capacidade de resposta à atividade física e à metformina no córtex frontal de camundongos adultos pode estar principalmente associada ao sinal NF-κB p65. Estes resultados abrem caminho para o desenvolvimento de novas terapias para mulheres na pós-menopausa que sofrem de neuroinflamação.

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