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A formação de granulações na traqueia, resultante do uso de cânulas de traqueostomia, pode levar ao estreitamento das vias aéreas, condição conhecida como estenose. O manejo dessa estenose pode ser particularmente desafiador quando a remoção da cânula não é uma opção viável. Um estudo de caso recente relata um sucesso notável na regressão de longo prazo e na manutenção da ausência de granulação intratraqueal após a injeção local de triancinolona acetonida (TA).

O caso envolveu um paciente de 14 anos com histórico de epilepsia e retardo psicomotor, que havia passado por uma traqueostomia devido à traqueomalácia ainda no primeiro ano de vida. Anos depois, o desenvolvimento de granulação na ponta da cânula de traqueostomia resultou em estenose traqueal severa, exigindo repetidas intervenções com suporte ventilatório e substituições de cânula. Diante da falta de sucesso com cauterização broncoscópica e remoção do tecido de granulação, a solução de triancinolona acetonida foi injetada diretamente no tecido granulomatoso em três ocasiões. Surpreendentemente, essa abordagem levou à regressão da granulação, e o paciente permaneceu sem sinais de reestenose por um período superior a oito anos. Este resultado é considerado significativo, demonstrando o potencial da triancinolona acetonida como uma alternativa eficaz em casos selecionados.

A eficácia da injeção local de triancinolona acetonida reside em suas propriedades anti-inflamatórias, que podem ajudar a reduzir o tamanho e a atividade do tecido de granulação. A triancinolona acetonida é um corticosteroide que inibe a resposta inflamatória, diminuindo a produção de substâncias que promovem a inflamação e o crescimento tecidual. Embora este caso represente um sucesso notável, é crucial notar que o tratamento com corticosteroides pode apresentar efeitos colaterais, e sua utilização deve ser cuidadosamente considerada e monitorada por profissionais de saúde qualificados. A decisão de empregar essa abordagem terapêutica deve levar em consideração os riscos e benefícios individuais de cada paciente, bem como a gravidade da condição e a resposta a tratamentos anteriores.

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