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A prática de atividade física regular é reconhecida por seus inúmeros benefícios para a saúde, incluindo o fortalecimento muscular, a melhora da função cardiovascular e a promoção do bem-estar geral. No entanto, para indivíduos com hemofilia, uma condição genética que afeta a capacidade de coagulação do sangue, a perspectiva da atividade física pode ser acompanhada de receios e apreensões. O medo de lesões e sangramentos, juntamente com a presença de artropatia hemofílica, uma complicação comum que causa dor e limita a mobilidade, pode levar à inatividade física e a um ciclo vicioso de deterioração da saúde.

Um estudo recente investigou a relação entre a atividade física e o medo do movimento, também conhecido como cinesiofobia, em pacientes com hemofilia. A pesquisa, realizada com um grupo de 30 homens com hemofilia, com idades entre 18 e 60 anos, avaliou o nível de atividade física e o grau de cinesiofobia dos participantes. Os resultados revelaram uma tendência interessante: embora não tenha sido encontrada uma correlação estatisticamente significativa entre atividade física e medo do movimento em pacientes com hemofilia leve e moderada, essa associação se mostrou relevante em pacientes com hemofilia grave. Além disso, o estudo identificou uma alta prevalência de cinesiofobia na amostra, com 90% dos pacientes apresentando níveis elevados de medo do movimento.

Esses achados destacam a importância de abordar o medo do movimento em pacientes com hemofilia, especialmente aqueles com formas mais graves da doença. A educação sobre atividade física segura e eficaz, adaptada às necessidades individuais de cada paciente, pode desempenhar um papel crucial na quebra do ciclo de inatividade e na promoção de uma vida mais ativa e saudável. É fundamental que os profissionais de saúde que acompanham pacientes com hemofilia incentivem a prática de exercícios, fornecendo orientação adequada e desmistificando o medo associado ao movimento. Estratégias como a fisioterapia e o acompanhamento psicológico também podem ser benéficas para ajudar os pacientes a superar a cinesiofobia e a alcançar uma melhor qualidade de vida.

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