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A doença celíaca (DC) e a dermatite herpetiforme (DH) são condições autoimunes relacionadas à intolerância ao glúten. Enquanto a DC se manifesta com uma variedade de sintomas, tanto intestinais quanto extraintestinais, a DH é uma manifestação cutânea diretamente associada à DC. Um estudo retrospectivo conduzido no Brasil, ao longo de dez anos, buscou comparar as características clínicas e histológicas dessas duas condições em pacientes do sexo masculino.

A pesquisa, que analisou prontuários de 75 homens (57 com DC e 18 com DH), revelou algumas diferenças notáveis. A diarreia foi significativamente mais comum no grupo com doença celíaca, enquanto a osteoporose foi observada exclusivamente nesse grupo. No entanto, é importante ressaltar que, em ambos os grupos, a maioria dos pacientes apresentava um grau avançado de enteropatia (classificação Marsh III). Curiosamente, uma enteropatia mais leve (Marsh I ou II) foi mais frequentemente associada à dermatite herpetiforme. A classificação de Marsh é utilizada para graduar o dano causado ao intestino delgado pela doença celíaca, com graus mais altos indicando maior inflamação e lesão nas vilosidades intestinais.

Apesar das nuances mencionadas, o estudo concluiu que não houve diferenças significativas nas manifestações clínicas e nos achados histológicos entre homens com doença celíaca e dermatite herpetiforme, com exceção da maior prevalência de diarreia nos pacientes celíacos. Os pesquisadores reforçam a importância da realização de biópsias duodenais em todos os pacientes diagnosticados com dermatite herpetiforme, visto que esta condição cutânea pode indicar a presença subjacente de doença celíaca. A identificação e o tratamento adequados são cruciais para minimizar os sintomas e as complicações a longo prazo associadas a ambas as doenças. O diagnóstico precoce e a adesão a uma dieta livre de glúten são fundamentais para a melhora da qualidade de vida dos pacientes.

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