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A dor crônica representa um desafio significativo para a medicina moderna, impactando a qualidade de vida de milhões de pessoas e gerando altos custos para os sistemas de saúde. Uma técnica que tem demonstrado eficácia no alívio da dor é a estimulação da medula espinhal (EME), que envolve a implantação de um dispositivo para modular os sinais de dor. No entanto, o método tradicional de EME, que requer a inserção de um cateter no espaço epidural dentro do canal espinhal, pode apresentar riscos, especialmente para pacientes que utilizam medicamentos anticoagulantes.

Visando superar essas limitações, pesquisadores desenvolveram uma nova abordagem para a neuromodulação da dor. Essa técnica inovadora utiliza uma plataforma de implante multi-eletrodo minimamente invasiva, denominada SNAP (safe neuromodulation against pain), que não exige a entrada no espaço epidural. O implante é fixado de forma rígida ao osso vertebral, o que potencialmente reduz o risco de deslocamento do cateter, uma complicação comum nos procedimentos tradicionais. Essa característica torna a nova técnica uma opção promissora para pacientes que antes eram considerados inelegíveis para a EME devido aos riscos associados à inserção no espaço epidural.

Estudos iniciais, utilizando simulações computacionais e experimentos in vitro, demonstraram a viabilidade de estimular a medula espinhal eletricamente com os eletrodos SNAP localizados fora do espaço epidural. As simulações indicaram que uma corrente de baixa frequência aplicada pelos eletrodos SNAP pode estimular seletivamente as fibras da coluna dorsal, responsáveis pela transmissão dos sinais de dor, sem causar a estimulação indesejada dos músculos das costas. Os experimentos in vitro também confirmaram a viabilidade da transferência de energia sem fio para o implante. Esses resultados preliminares sugerem que essa nova abordagem pode superar algumas das limitações da EME tradicional, oferecendo uma opção mais segura e eficaz para o alívio da dor crônica.

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