Fadiga Mental e Física: Como Afetam a Precisão e o Desempenho no Esporte
A fadiga, tanto mental quanto física, pode ter um impacto significativo no desempenho atlético, especialmente em esportes que exigem precisão e coordenação motora. Um estudo recente investigou como esses dois tipos de fadiga afetam o padrão de busca visual, a coordenação motora, a percepção de esforço e a precisão em jogadores de golfe amadores.
A pesquisa envolveu 30 mulheres praticantes de golfe sem experiência profissional. As participantes foram submetidas a protocolos de fadiga mental e física em condições separadas. Os pesquisadores mediram a precisão do swing, o erro radial, a duração do ‘Quiet Eye’ (QED) – período de foco visual antes da ação – e o número de fixações oculares antes e depois dos protocolos de fadiga. Os resultados revelaram que a fadiga mental reduziu significativamente a duração do QED e a duração da fixação, indicando um efeito prejudicial na atenção sustentada. Em contrapartida, a fadiga física levou a um maior número de fixações, sugerindo estratégias visuais compensatórias, e também teve um impacto negativo na duração do QED.
Uma análise de correlação demonstrou uma associação negativa entre a duração do QED e a precisão do swing sob condições de fadiga, tanto mental quanto física. Isso destaca a importância da atenção sustentada para um bom desempenho motor. Em resumo, o estudo demonstra que a fadiga mental e física afetam o desempenho de maneiras distintas, com implicações importantes para o desenvolvimento de estratégias de treinamento e recuperação no esporte. Entender como cada tipo de fadiga impacta a coordenação e a atenção é fundamental para otimizar o rendimento dos atletas. A duração do ‘Quiet Eye’, em particular, parece ser um indicador crucial do foco e da precisão, e pode ser um alvo importante para intervenções.
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