Trabalho Noturno e Cognição: Um Estudo Sobre o Impacto em Enfermeiros
Profissionais da enfermagem que atuam em turnos noturnos frequentemente enfrentam desafios relacionados à saúde e ao declínio cognitivo. Um estudo recente investigou se esses turnos afetam o sono, a fadiga e a cognição auditiva automática durante os períodos de folga e após o trabalho. A pesquisa buscou entender melhor como o ritmo de trabalho noturno impacta o bem-estar desses profissionais.
Para avaliar o impacto, os pesquisadores utilizaram diferentes métodos de medição. A sonolência subjetiva foi avaliada através da Escala de Sonolência de Stanford, enquanto a sonolência objetiva e a fadiga foram mensuradas utilizando o Teste de Vigilância Psicomotora. A cognição auditiva automática foi analisada por meio da técnica de duração da negatividade de discordância. Todas as medições foram realizadas em dois momentos distintos: durante os períodos de folga e imediatamente após os turnos noturnos.
Os resultados revelaram que, em geral, os participantes apresentaram um aumento significativo na sonolência e na fadiga após os turnos noturnos, quando comparados aos períodos de folga. No entanto, a cognição auditiva automática não apresentou alterações significativas entre os dois períodos. Surpreendentemente, a idade dos participantes não pareceu ter um impacto relevante na sonolência, na fadiga ou na cognição auditiva automática. Em resumo, embora o trabalho noturno intensifique a sensação de cansaço e sonolência, a cognição auditiva automática parece não ser afetada, indicando uma possível resiliência do cérebro em relação a essa função específica.
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