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O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é frequentemente tratado com metilfenidato (MPH) como primeira linha de intervenção, conforme as diretrizes clínicas atuais. No entanto, um estudo recente, realizado na Itália, investigou a eficácia e os resultados clínicos do uso desse medicamento em crianças e adolescentes diagnosticados com TDAH.

A pesquisa acompanhou pacientes jovens em um centro de referência, analisando suas características clínicas e o impacto do metilfenidato ao longo de 12 semanas. Um quarto dos pacientes diagnosticados com TDAH recebeu prescrição de MPH, demonstrando manifestações clínicas mais complexas, incluindo maiores dificuldades relacionadas ao TDAH e comorbidades neuropsiquiátricas. Este grupo demandou uma atenção especial e um acompanhamento mais próximo devido à complexidade do quadro.

Os resultados indicaram que, após 12 semanas de uso do metilfenidato, os pacientes apresentaram melhorias significativas em seu funcionamento geral. Curiosamente, essas melhorias não foram observadas após apenas 4 semanas de tratamento. O estudo também identificou que o nível de QI e a presença de autismo concomitante foram preditores da gravidade do TDAH no início do tratamento. A gravidade inicial do TDAH previu a severidade após 4 semanas de uso de MPH, que, por sua vez, influenciou o funcionamento clínico após 12 semanas. Esses achados reforçam a importância de considerar as características individuais de cada paciente ao planejar o tratamento para TDAH e a necessidade de um acompanhamento contínuo para otimizar os resultados terapêuticos. A pesquisa italiana contribui para um melhor entendimento do uso do metilfenidato no tratamento do TDAH em crianças e adolescentes, destacando a importância de uma abordagem individualizada e do monitoramento a longo prazo.

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