Religiosidade e Autismo: Explorando a Espiritualidade em Adultos no Espectro
A religiosidade em adultos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um tema complexo e multifacetado, que merece atenção para compreendermos melhor as necessidades espirituais e os desafios enfrentados por essa população. Entende-se por religiosidade o conjunto de crenças e práticas propostas por uma instituição ou grupo religioso, moldando a maneira como o indivíduo se relaciona com o sagrado e com a comunidade.
Uma análise teórica e empírica recente investigou a relação entre as características sociais e cognitivas de pessoas com TEA e suas atitudes e comportamentos religiosos. Foram consideradas teorias como a da teoria da mente (capacidade de atribuir estados mentais a si e aos outros), a coerência central fraca (dificuldade em integrar informações em um todo coerente), déficits nas funções executivas, interesses restritos, necessidade de previsibilidade e rigidez cognitiva. Esses aspectos podem influenciar a forma como indivíduos com TEA percebem e interagem com conceitos religiosos.
Os resultados de diversos estudos empíricos apresentam um panorama inconsistente. A hipótese central de que dificuldades na mentalização reduziriam a religiosidade não foi totalmente comprovada. Da mesma forma, as conclusões sobre o nível geral de religiosidade e as representações de Deus em indivíduos com TEA em comparação com pessoas neurotípicas são inconclusivas. A pesquisa futura deve considerar a diversidade dentro do espectro autista e refinar as metodologias para capturar a experiência religiosa de maneira mais precisa e sensível.
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