Ondas de Choque vs. Ultrassom: Qual o Melhor Tratamento para Epicondilite Lateral?
A epicondilite lateral, popularmente conhecida como cotovelo de tenista, é uma condição musculoesquelética comum que causa dor na região lateral do cotovelo e limita a funcionalidade do braço. Muitas opções de tratamento estão disponíveis, incluindo terapias conservadoras como fisioterapia, uso de medicamentos e, mais recentemente, o uso de terapias como ondas de choque extracorpóreas (ESWT) e ultrassom. Um estudo recente investigou a eficácia comparativa dessas duas modalidades no alívio da dor e na melhora da função em pacientes com essa condição.
A análise, que revisou e combinou os resultados de nove estudos clínicos randomizados envolvendo um total de 654 participantes, revelou que a terapia por ondas de choque extracorpóreas (ESWT) parece ser mais eficaz do que o ultrassom na redução da dor associada à epicondilite lateral. A dor foi medida utilizando a escala visual analógica (VAS), um método comum para quantificar a intensidade da dor relatada pelos pacientes. No entanto, é importante notar que, embora a ESWT tenha se mostrado superior no alívio da dor, o estudo não encontrou diferenças estatisticamente significativas entre os dois tratamentos quando se trata de melhorar a função do braço afetado, avaliada através do questionário PRTEE (Patient-Rated Tennis Elbow Evaluation).
Diante desses resultados, os pesquisadores enfatizam a necessidade de mais estudos de alta qualidade para confirmar a superioridade da ESWT no alívio da dor e para investigar se existem subgrupos de pacientes que poderiam se beneficiar mais de uma terapia do que da outra. Apesar da evidência favorável à ESWT na redução da dor, a heterogeneidade observada nos resultados funcionais e a significância estatística limítrofe nesses resultados sugerem que a resposta ao tratamento pode variar consideravelmente entre os indivíduos. Portanto, a decisão sobre qual terapia utilizar deve ser individualizada, levando em consideração as características e preferências de cada paciente, bem como a experiência e o julgamento clínico do profissional de saúde. É fundamental procurar orientação médica para determinar o tratamento mais adequado para cada caso de epicondilite lateral.
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