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O trabalho em turnos rotativos, comum em plataformas de extração de petróleo e gás offshore, tem sido uma estratégia para mitigar os efeitos do trabalho noturno na saúde e segurança dos trabalhadores. No entanto, um estudo recente investigou os impactos dessas rotações no ritmo circadiano, qualidade do sono, fadiga e desempenho desses profissionais, revelando resultados importantes para a gestão da saúde ocupacional.

A pesquisa, realizada com 70 trabalhadores em plataformas no Golfo do México, acompanhou os participantes durante sete dias, coletando dados sobre a fadiga (subjetiva e baseada em desempenho) e padrões de sono por meio de actigrafia. Os resultados mostraram que as rotações progressivas, ou seja, do dia para a noite, tiveram um impacto negativo significativo. Trabalhadores nesse tipo de escala relataram maior sonolência, menor eficiência do sono e tempo total de sono reduzido, além de um aumento no tempo de reação em testes de vigilância psicomotora. Em contrapartida, as rotações regressivas (da noite para o dia) apresentaram como único impacto a diminuição do tempo total de sono nos trabalhadores de turno fixo noturno.

A dificuldade de adaptação às rotações progressivas sugere que estratégias de gerenciamento de risco de fadiga precisam ser melhor direcionadas para atender às necessidades específicas desses trabalhadores. Os achados reforçam a importância de minimizar a quantidade de turnos rotativos durante as jornadas offshore, especialmente a transição do dia para a noite. Entender os efeitos específicos de cada tipo de rotação permite criar intervenções mais eficazes para proteger a saúde e o bem-estar dos profissionais que atuam nesse ambiente desafiador. A otimização das escalas de trabalho, aliada a programas de educação sobre higiene do sono e estratégias de enfrentamento da fadiga, pode contribuir para um ambiente de trabalho mais seguro e produtivo.

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