Fadiga Mental e Física em Jogadores de Futebol: Um Estudo na Premier League
A exigência física e mental do futebol profissional, especialmente em ligas de alto nível como a Premier League Inglesa, impõe um desafio constante aos atletas. Um estudo recente investigou a variação da fadiga mental (FM) e da fadiga física (FF) em jogadores de futebol de elite ao longo de uma temporada completa de 46 jogos. A pesquisa buscou identificar padrões e diferenças individuais na percepção da fadiga, fornecendo insights valiosos para a gestão do desempenho e bem-estar dos atletas.
Durante 40 semanas, abrangendo 151 sessões de treinamento e os 46 jogos da temporada, 21 jogadores da primeira equipe avaliaram seus níveis de FM e FF usando uma escala visual analógica. Surpreendentemente, a análise dos dados não revelou diferenças significativas nos níveis médios de FM e FF entre o início, o meio e o fim da temporada. Isso sugere que, em um nível de grupo, os jogadores conseguiram manter um certo equilíbrio ao longo da competição. No entanto, essa aparente estabilidade escondeu uma realidade mais complexa: as diferenças individuais.
Apesar da ausência de variações significativas no nível de grupo, o estudo observou mudanças notáveis e consistentes nas avaliações individuais de FM e FF. Esses achados ressaltam a importância de monitorar cada atleta individualmente, em vez de confiar apenas em médias de grupo. A escala visual analógica demonstrou ser uma ferramenta prática e eficiente para esse monitoramento, permitindo que os profissionais identifiquem tendências e intervenham de forma personalizada. Ao acompanhar de perto a fadiga mental, é possível implementar estratégias de recuperação individualizadas, ajustar o planejamento do treinamento e educar os jogadores sobre técnicas de alívio da fadiga e gestão do estresse, otimizando o desempenho e prevenindo o burnout.
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