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A escoliose idiopática adolescente (EIA), que afeta entre 2% e 3% de crianças e adolescentes de 10 a 18 anos, apresenta desafios físicos e psicológicos significativos. Uma meta-análise recente investigou a eficácia dos exercícios de Schroth no tratamento desta condição, avaliando seu impacto no ângulo de Cobb, na rotação do tronco e na qualidade de vida dos pacientes.

A pesquisa, que analisou 11 ensaios clínicos randomizados envolvendo um total de 446 participantes, comparou os efeitos dos exercícios de Schroth com a ausência de tratamento ou com outras intervenções físicas, como fisioterapia padrão. Os resultados indicaram que os exercícios de Schroth estão associados a uma redução estatisticamente significativa no ângulo de Cobb, um indicador chave da curvatura da coluna vertebral. Além disso, observou-se uma melhora na qualidade de vida dos pacientes que realizaram os exercícios. No entanto, a análise não demonstrou um efeito significativo na rotação do tronco.

É importante notar que, embora a redução no ângulo de Cobb tenha sido estatisticamente significante, a mudança média não atingiu o limiar de cinco graus, considerado clinicamente relevante. Além disso, a análise não levou em consideração a progressão natural da curvatura da coluna vertebral. Portanto, os autores da revisão enfatizam as limitações metodológicas existentes na literatura atual e alertam contra a afirmação de um benefício definitivo dos exercícios de Schroth para a EIA. Mais estudos são necessários para confirmar estes achados e refinar as técnicas de tratamento.

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