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Um estudo recente investigou a relação entre a integridade da substância branca no cérebro e as habilidades de linguagem em meninos chineses com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A pesquisa, publicada no European Journal of Pediatrics, utilizou uma técnica avançada de ressonância magnética, a imagem de curtose difusional (DKI), para analisar as microestruturas da substância branca e sua ligação com o desenvolvimento da linguagem.

Os pesquisadores compararam 61 meninos com TEA a um grupo de 30 meninos com desenvolvimento típico. Dentro do grupo com TEA, os participantes foram divididos em dois subgrupos: aqueles com dificuldades leves de linguagem e aqueles com dificuldades severas, com base em avaliações padronizadas. Os resultados revelaram que meninos com TEA apresentavam integridade microestrutural reduzida em várias áreas cerebrais importantes, incluindo o corpo caloso, o fórnix e fascículos longitudinais e fronto-occipitais. Essas áreas desempenham um papel crucial na comunicação entre diferentes regiões do cérebro e no processamento da linguagem.

Além disso, o estudo identificou que as alterações na substância branca eram mais pronunciadas no subgrupo com dificuldades severas de linguagem, sugerindo uma correlação entre a gravidade das dificuldades de linguagem e a extensão das alterações cerebrais. A pesquisa aponta para a importância de entender as bases neurobiológicas das dificuldades de linguagem no TEA, o que pode levar ao desenvolvimento de intervenções mais direcionadas e eficazes para apoiar o desenvolvimento da comunicação em indivíduos com autismo. A identificação precoce e a intervenção são fundamentais para maximizar o potencial de desenvolvimento da linguagem em crianças com TEA. Mais pesquisas são necessárias para confirmar e expandir esses achados em amostras maiores e mais diversas.

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