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Um estudo recente investigou a possível ligação entre a consanguinidade (casamentos entre parentes próximos) e a gravidade do Transtorno do Espectro Autista (TEA). O TEA é uma condição neurodesenvolvimental complexa, influenciada por uma combinação de fatores genéticos e ambientais. A pesquisa, realizada no Sultan Qaboos University Hospital, em Omã, analisou dados de 139 crianças diagnosticadas com TEA.

O estudo, de caráter retrospectivo, examinou prontuários de crianças entre 1 ano e meio e 14 anos, diagnosticadas com TEA entre junho de 2011 e maio de 2024. A equipe de pesquisa buscou correlações entre a ocorrência de consanguinidade nos pais, as taxas de homozigosidade (similaridade genética) nos filhos e a severidade dos sintomas do autismo. Os resultados revelaram que, embora a consanguinidade estivesse presente em 59% dos casos analisados, não houve uma associação significativa entre essa prática ou as taxas de homozigosidade e a intensidade dos sintomas do TEA. A maioria dos casos de TEA foi classificada nos níveis de severidade 2 (63,3%) e 3 (35,3%).

Apesar da crença comum de que a consanguinidade poderia aumentar o risco ou a gravidade do autismo, este estudo não encontrou evidências para sustentar essa hipótese. Os autores enfatizam a necessidade de pesquisas adicionais para desvendar os mecanismos genéticos subjacentes ao TEA, especialmente em populações onde a consanguinidade é mais frequente. Esses estudos futuros podem ajudar a identificar genes específicos ou combinações de genes que contribuem para o desenvolvimento do TEA, independentemente da ocorrência de consanguinidade. Compreender melhor a genética do autismo é crucial para desenvolver diagnósticos mais precoces e intervenções mais eficazes.

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