Saúde Desvendada

Terapias assistidas por robôs (RET) estão ganhando espaço como intervenções inovadoras no tratamento do autismo. Embora ainda existam poucas avaliações empíricas robustas sobre a sua eficácia, estudos exploratórios indicam um potencial significativo. Uma pesquisa recente investigou uma nova abordagem de RET focada no treinamento de imitação, visando promover o desenvolvimento de habilidades sociais em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

O estudo piloto envolveu oito crianças autistas que participaram de uma intervenção de 12 semanas. A terapia utilizou gestos de músicas infantis para aumentar o engajamento e o interesse das crianças. Os pesquisadores avaliaram as melhorias nas habilidades adaptativas dos participantes por meio de escalas de avaliação comportamental, com foco no domínio adaptativo social. A adesão ao tratamento foi medida pela proporção de gestos corretamente imitados, quantificada por um algoritmo de reconhecimento de gestos baseado em redes neurais convolucionais (CNN).

Os resultados preliminares mostraram tendências gerais de melhora, embora o resultado primário não tenha alcançado significância estatística. No entanto, a adesão à terapia foi significativamente maior em participantes que apresentaram melhora nas habilidades sociais, enfatizando a importância da participação ativa no processo terapêutico. O algoritmo de reconhecimento de gestos alcançou uma pontuação F1 de 0,57. Apesar de promissores, os achados ressaltam a necessidade de estudos comparativos com grupos de controle para diferenciar os efeitos do protocolo terapêutico da trajetória de desenvolvimento natural das crianças. Futuros estudos devem se concentrar em aprimorar o algoritmo de imitação de gestos e refinar as ferramentas de avaliação da adesão ao tratamento. A terapia robótica oferece um caminho interessante para o desenvolvimento de habilidades sociais, necessitando de mais pesquisas para validar seu real potencial e otimizar sua aplicação.

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