Autismo e Ceratocone: Estudo Aponta para Maior Prevalência em Indivíduos com TEA
Um estudo recente realizado na Noruega revelou uma associação significativa entre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e o ceratocone, uma condição oftalmológica que afeta a córnea. A pesquisa, que analisou dados de toda a população norueguesa, indicou que indivíduos com TEA apresentam uma prevalência consideravelmente maior de ceratocone em comparação com a população em geral. Este achado sugere a necessidade de maior atenção e vigilância em relação à saúde ocular em pessoas com autismo.
O ceratocone é caracterizado por um afinamento progressivo da córnea, que gradualmente assume uma forma cônica irregular. Essa deformação pode levar a distorções visuais, como visão borrada, sensibilidade à luz e halos ao redor das luzes. Em casos mais avançados, o ceratocone pode exigir o uso de lentes de contato especiais ou até mesmo transplante de córnea para restaurar a visão. A identificação precoce da condição é crucial para implementar medidas que retardem sua progressão e minimizem o impacto na qualidade de vida do paciente.
Os resultados do estudo norueguês mostraram que a prevalência de ceratocone entre indivíduos com TEA foi de 0,5%, enquanto na população geral da Noruega, a prevalência foi de apenas 0,2%. Além disso, a pesquisa revelou que a idade média do diagnóstico de ceratocone em pessoas com TEA foi de 27,3 anos, e que a maioria dos indivíduos diagnosticados com ambas as condições eram homens. Diante desses achados, os autores do estudo enfatizam a importância de aumentar a conscientização sobre o ceratocone em pacientes com TEA e de considerar a realização de exames de tomografia da córnea, mesmo em casos onde os sintomas visuais não sejam evidentes. A detecção precoce e o acompanhamento adequado podem fazer toda a diferença no manejo do ceratocone e na preservação da saúde visual de indivíduos com autismo.
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