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A dor lombar crônica (DLC) é uma condição debilitante que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Um estudo recente publicado no Journal of Biomechanics investigou a relação entre a DLC e a transmissão de força miofascial entre o músculo latíssimo do dorso e o glúteo máximo contralateral. A fáscia toracolombar, essencial para a estabilização lombar, atua como uma via de transmissão dessa força miofascial, e a pesquisa buscou determinar se há diferenças nessa transmissão em indivíduos com e sem DLC.

O estudo envolveu 48 participantes, divididos em um grupo com DLC e um grupo controle. Os pesquisadores avaliaram a rigidez lombar, as propriedades passivas do quadril e a ativação muscular do tronco e do quadril sob duas condições: latíssimo do dorso relaxado e contraído. A rigidez lombar foi medida por meio de um indentômetro digital não invasivo, enquanto as propriedades passivas do quadril foram avaliadas com um dinamômetro isocinético. A ativação muscular foi monitorada por eletromiografia. Os resultados revelaram que a contração do latíssimo do dorso aumentou a rigidez lombar em ambos os grupos. No entanto, apenas o grupo controle exibiu uma alteração na posição de repouso do quadril, com maior rotação lateral, e um aumento no torque passivo do quadril durante a contração do latíssimo do dorso.

Esses achados sugerem que a transmissão de força miofascial entre o latíssimo do dorso e o glúteo máximo contralateral é reduzida em indivíduos com DLC. A contração do latíssimo do dorso afetou apenas os tecidos adjacentes (região lombar) em pessoas com DLC, e não os tecidos mais distantes. A compreensão dessa disfunção na transmissão de força miofascial pode abrir novas avenidas para o desenvolvimento de abordagens terapêuticas mais eficazes para o tratamento da dor lombar crônica, focando na restauração da função adequada da fáscia toracolombar e na otimização da interação muscular.

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