A terapia de movimento com dança tem se mostrado uma ferramenta promissora para o desenvolvimento social e bem-estar de indivíduos autistas. Uma nova pesquisa investigou os efeitos de intervenções baseadas em movimentos sincronizados em jovens adultos autistas, focando em como essas práticas afetam o comportamento pró-social, a coesão social e o estresse relacionado ao trabalho.
O estudo, publicado no Journal of Autism and Developmental Disorders, acompanhou 54 jovens entre 18 e 22 anos, participantes de um programa inovador que integra jovens autistas à força de trabalho do exército israelense. Os participantes foram divididos em dois grupos: um recebeu intervenções baseadas em movimentos sincronizados, enquanto o outro participou de atividades de movimento não sincronizadas. As sessões, com duração de uma hora, ocorreram semanalmente durante um período de seis a sete semanas. Os dados foram coletados em três momentos: antes da intervenção, imediatamente após e 17 semanas depois.
Os resultados indicaram que a intervenção sincronizada pode ser mais eficaz do que a não sincronizada no estímulo ao comportamento cooperativo a longo prazo (após 17 semanas) e na promoção de maior proximidade social com colegas. No entanto, não houve evidências de que a intervenção sincronizada tenha um impacto significativo na redução do estresse relacionado ao trabalho. Os pesquisadores sugerem uma abordagem holística, integrando tanto intervenções de movimento sincronizadas quanto não sincronizadas, para auxiliar jovens autistas na transição para ambientes de trabalho e na melhora geral da sua qualidade de vida.
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