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Os ritmos circadianos, que tipicamente seguem um ciclo de 24 horas, desempenham um papel crucial na regulação de diversos genes e proteínas. Entre as funções influenciadas por esses ritmos, destaca-se o controle da permeabilidade da barreira hematoencefálica (BHE). Esta barreira atua como uma proteção essencial para o cérebro, separando-o do sangue circulante e protegendo-o contra substâncias tóxicas, além de manter a homeostase e regular a perfusão cerebral. A BHE também exerce um controle significativo sobre a eficácia da administração de medicamentos no sistema nervoso central (SNC).

Evidências recentes apontam para uma relação bidirecional entre disfunções nos ritmos circadianos, distúrbios neurológicos e comprometimento da BHE. Isso significa que tanto a disfunção da BHE quanto a desregulação dos ritmos circadianos podem contribuir para o desenvolvimento de doenças neurológicas, bem como serem consequência delas. Nesse contexto, ambos os aspectos representam oportunidades para intervenções terapêuticas que visem prevenir o desenvolvimento da doença, controlar os sintomas ou mesmo atuar na progressão da condição.

Diversas condições neurológicas, neurodegenerativas e psiquiátricas, como acidente vascular cerebral (AVC), epilepsia, traumatismo cranioencefálico (TCE), doença de Alzheimer, doença de Parkinson, depressão major e esquizofrenia, podem estar relacionadas a alterações tanto na BHE quanto nos ritmos circadianos. Portanto, estratégias terapêuticas que visem proteger a BHE, restaurar a função dos ritmos circadianos e otimizar a administração de fármacos, considerando a cronoterapia (administração de medicamentos em horários específicos para maximizar a eficácia), podem trazer benefícios significativos no tratamento dessas condições.

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