Saúde Desvendada

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A experiência em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pode ser extremamente desafiadora para pacientes críticos. Um estudo recente investigou os fatores que influenciam o conforto desses pacientes durante sua permanência na UTI, buscando entender melhor suas necessidades e como o ambiente hospitalar pode ser otimizado para promover bem-estar.

A pesquisa, realizada em dois grandes hospitais na Espanha, envolveu 580 pacientes e utilizou o Questionário de Conforto (CQ-ICU) para avaliar diversos aspectos, como o contexto psicológico, a necessidade de informação, o contexto físico, o suporte sociocultural, o apoio emocional, a espiritualidade e o contexto ambiental. Os resultados revelaram que o nível de conforto geral dos pacientes era considerado alto, mas com variações significativas entre os diferentes fatores avaliados. O suporte sociocultural e o apoio emocional foram os aspectos mais bem avaliados, enquanto a necessidade de informação e o contexto físico foram os que apresentaram as menores pontuações, indicando áreas que necessitam de maior atenção.

O estudo também identificou que pacientes com crenças religiosas e aqueles que recebiam cuidados com uma proporção de enfermeiro para paciente de 1:1 apresentavam níveis de conforto mais elevados. Além disso, o suporte sociocultural, a atuação dos profissionais de saúde e a espiritualidade foram apontados como fatores que contribuem para aumentar o conforto dos pacientes. Por outro lado, a dor moderada ou intensa, a falta de informação e o ruído foram identificados como elementos que requerem intervenções específicas para melhorar o bem-estar dos pacientes. Esses achados reforçam a importância de uma abordagem holística e individualizada no cuidado de pacientes em UTIs, considerando não apenas os aspectos físicos, mas também as necessidades emocionais, sociais e espirituais de cada indivíduo. A avaliação contínua do conforto do paciente, utilizando instrumentos validados, é essencial para garantir um ambiente de cuidado mais humano e eficaz.

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