Atividade Física e Lesão Medular: Um Desafio para a Saúde
A prática regular de atividade física é crucial para a manutenção da saúde, especialmente para indivíduos com lesão medular traumática (LMT). Um estudo recente realizado na Cidade do Cabo, África do Sul, investigou os níveis de atividade física em adultos com LMT que vivem na comunidade, revelando dados importantes sobre seus hábitos e as necessidades de intervenção.
A pesquisa, que envolveu 76 participantes, revelou que a maioria do tempo é gasto em comportamento sedentário, seguido por atividades de baixa intensidade. Indivíduos que usam cadeira de rodas passam, em média, 761 minutos por dia em atividades sedentárias, enquanto aqueles com capacidade de locomoção gastam cerca de 972 minutos diários combinando sedentarismo e atividades de baixa intensidade. Os níveis de atividade física moderada a vigorosa (MVPA) foram baixos em ambos os grupos, indicando que adultos com LMT não estão alcançando os níveis recomendados para obter benefícios para a saúde.
Entender as barreiras que impedem a prática de atividade física é fundamental para o desenvolvimento de intervenções direcionadas e eficazes. A idade e o tempo decorrido desde a lesão parecem influenciar os níveis de MVPA, com usuários de cadeira de rodas mais velhos e indivíduos com lesões mais recentes apresentando níveis ligeiramente superiores. Estratégias que promovam a atividade física adaptada, considerando as necessidades e limitações individuais, são essenciais para melhorar a qualidade de vida e promover o envelhecimento saudável em pessoas com lesão medular. A reabilitação deve incluir o incentivo à prática de exercícios físicos, combatendo o sedentarismo e seus riscos associados, como aumento da morbidade e mortalidade precoce.
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