Um estudo recente revelou uma tendência preocupante: os níveis de atividade física estão diminuindo tanto em indivíduos com asma quanto naqueles sem a condição. A pesquisa, realizada na Dinamarca entre 2010 e 2021, analisou dados de milhares de adultos e constatou que, em 2021, pessoas com asma apresentavam menor probabilidade de se engajar em atividades físicas moderadas a vigorosas (MVPA).
Essa descoberta contrasta com as recomendações médicas atuais, que enfatizam a importância do exercício físico para o controle da asma. Antigamente, pacientes com asma eram aconselhados a evitar atividades extenuantes para prevenir a broncoconstrição. Hoje, sabe-se que a prática regular de exercícios pode trazer benefícios significativos, como a melhora do controle da doença e a redução das taxas de exacerbação. O estudo dinamarquês, no entanto, sugere que essa mensagem pode não estar chegando a todos os pacientes ou que outros fatores estão dificultando a adesão à atividade física.
Os pesquisadores também identificaram outros fatores associados à menor prática de atividades físicas, como dor persistente, saúde mental precária e tabagismo. Esses elementos destacam a necessidade de uma abordagem holística no tratamento da asma, que vá além do controle medicamentoso e inclua o suporte à saúde mental, o manejo da dor e o incentivo à adoção de hábitos saudáveis. É fundamental que os profissionais de saúde orientem os pacientes sobre os benefícios da atividade física e os ajudem a superar as barreiras que dificultam a prática de exercícios, visando a uma melhor qualidade de vida para os asmáticos.
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