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Mau Funcionamento do Estimulador da Medula Espinhal Cervical Devido à Fratura do Eletrodo: Análise de Casos

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A estimulação da medula espinhal (EME) é uma técnica utilizada para o tratamento de dores crônicas, especialmente na região cervical. No entanto, como qualquer procedimento médico, a EME não está isenta de complicações. Dentre as possíveis intercorrências, destacam-se o deslocamento, a migração e a fratura dos eletrodos. Um estudo recente analisou dois casos clínicos que ilustram apresentações incomuns de fratura do eletrodo em estimuladores da medula espinhal cervical.

No primeiro caso, uma paciente de 67 anos, que havia recebido um implante de estimulador em 2009 para tratar a síndrome da dor regional complexa (SDRC), começou a apresentar novos sintomas, como tonturas, dores de cabeça e distúrbios de equilíbrio, em 2023. Surpreendentemente, o dispositivo continuava funcional. Diante da necessidade de realizar uma ressonância magnética (RM) e devido aos sintomas neurológicos inexplicáveis, o sistema de EME foi removido. Curiosamente, os sintomas da paciente melhoraram após a remoção, mesmo com uma parte do eletrodo ainda presente no local. O segundo caso envolveu uma paciente de 78 anos, também com SDRC, que recebeu um implante em 2011. Em 2021, após um acidente de carro, ela começou a sentir sensações semelhantes a choques elétricos sempre que o estimulador era ativado. Apesar das tentativas de solucionar o problema, a paciente solicitou a remoção do sistema em 2025 devido ao desconforto persistente e à falta de benefício terapêutico. Exames de imagem pós-explante revelaram que o eletrodo distal de um dos cabos havia permanecido na coluna cervical.

Esses casos ressaltam a importância de monitorar cuidadosamente pacientes com estimuladores da medula espinhal cervical, mesmo que o dispositivo pareça estar funcionando corretamente. Sintomas neurológicos atípicos ou sensações desconfortáveis podem indicar uma fratura do eletrodo, mesmo que não haja perda da eficácia da estimulação. A realização de exames de imagem, como a ressonância magnética, pode ser crucial para identificar a causa dos sintomas e orientar a conduta clínica apropriada. A remoção do dispositivo, embora possa parecer drástica, pode ser necessária para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente, mesmo que fragmentos do eletrodo permaneçam no local. A identificação tardia de fragmentos remanescentes após o explante, como evidenciado nesses casos, reforça a necessidade de protocolos rigorosos de acompanhamento e avaliação.

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