Um estudo recente investigou a complexidade do Transtorno do Espectro Autista (TEA) em crianças, buscando identificar diferentes subtipos da condição com base em padrões de atividade cerebral. O TEA é conhecido por sua grande variedade de manifestações clínicas, e entender essa heterogeneidade é crucial para desenvolver abordagens de tratamento mais personalizadas e eficazes.
A pesquisa utilizou dados de ressonância magnética funcional em estado de repouso de 105 crianças com TEA e 102 crianças com desenvolvimento típico. Os pesquisadores aplicaram uma técnica de análise discriminativa chamada HYDRA para identificar subtipos de TEA com base na centralidade do grau (DC), uma medida da importância de uma região cerebral na rede funcional. Os resultados revelaram três subtipos distintos de TEA, cada um apresentando padrões únicos de alteração na DC em regiões cerebrais específicas, incluindo o giro fusiforme, a ínsula e o giro frontal inferior.
Além disso, o estudo demonstrou que as alterações na DC em certos subtipos de TEA podem prever a gravidade dos sintomas, como comportamentos restritos e repetitivos, e dificuldades na comunicação social. Esses achados destacam a importância de considerar a heterogeneidade do TEA ao investigar as bases neurais da condição e podem abrir caminho para o desenvolvimento de intervenções mais direcionadas e individualizadas, visando melhorar a qualidade de vida de crianças com TEA e suas famílias. A capacidade de identificar subtipos específicos pode permitir que os profissionais de saúde ofereçam suporte e tratamento mais adequados, considerando as necessidades únicas de cada indivíduo dentro do espectro.
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