A doença de Alzheimer (DA) tem sido cada vez mais associada a distúrbios metabólicos induzidos por dietas ricas em gordura (HFD). Estudos recentes apontam que a disfunção da via autofagia-lisossomal (ALP) e a ativação do inflamassoma NLRP3 desempenham papéis cruciais no desenvolvimento da patologia da DA. Nesse contexto, uma pesquisa inovadora explora o potencial da eletroacupuntura (EA) como uma abordagem promissora para mitigar os efeitos nocivos da HFD no Alzheimer.
O estudo, realizado em modelos animais, investigou a aplicação da EA no ponto de acupuntura ST36 em camundongos 3xTg-AD, um modelo bem estabelecido para a pesquisa de Alzheimer. Os resultados demonstraram que a EA-ST36 foi capaz de reverter os efeitos patológicos da HFD, melhorando a função da memória e reduzindo tanto o acúmulo da proteína Tau, associada à formação de emaranhados neurofibrilares, quanto a ativação do inflamassoma NLRP3, um complexo proteico envolvido na inflamação cerebral. A eletroacupuntura parece atenuar a patologia da doença de Alzheimer exacerbada por uma dieta rica em gordura.
Os pesquisadores descobriram que a EA-ST36 ativa os fatores de transcrição TFEB e TFE3, reguladores chave da ALP, através da modulação da via de sinalização MTOR/ULK1. Essa ativação promove a depuração autofágica dos componentes do inflamassoma NLRP3 e dos agregados de Tau, auxiliando na remoção de proteínas tóxicas e componentes inflamatórios. Em resumo, a eletroacupuntura surge como uma estratégia terapêutica não farmacológica promissora para combater a exacerbação da DA induzida por dietas ricas em gordura, oferecendo uma nova perspectiva no tratamento desta condição neurodegenerativa e abrindo caminhos para futuras pesquisas e aplicações clínicas.
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