As manipulações musculoesqueléticas (MM), que englobam técnicas como a osteopatia e a quiropraxia, têm sido consideradas intervenções não farmacológicas eficazes para diversos distúrbios musculoesqueléticos. Uma revisão sistemática recente investigou se essas manipulações podem realmente melhorar a qualidade de vida, reduzir a intensidade da dor e otimizar a função em idosos que sofrem de problemas musculoesqueléticos.
A pesquisa analisou estudos que avaliaram a eficácia e a segurança de diferentes tipos de MM em pessoas com 65 anos ou mais. Os resultados indicaram que, embora as MMs pareçam ser geralmente seguras e bem toleradas, as evidências sobre sua capacidade de melhorar significativamente a qualidade de vida, o controle da dor e o estado funcional em idosos com esses distúrbios são limitadas e inconclusivas. Os estudos analisados envolviam pacientes com dor crônica, dor no pescoço e dor lombar.
Em relação à dor no pescoço e dor lombar, a combinação de manipulação espinhal com exercícios em casa apresentou alguma melhora estatisticamente significativa na intensidade da dor em comparação com apenas exercícios. No entanto, não foi observada melhora notável no estado funcional ou na qualidade de vida com as MMs em comparação com outros grupos de controle. É importante notar que muitos dos estudos apresentaram um alto risco de viés, o que pode ter influenciado os resultados. Portanto, mais pesquisas de alta qualidade são necessárias para determinar o verdadeiro potencial das manipulações musculoesqueléticas no tratamento de distúrbios musculoesqueléticos em idosos e para entender quais condições e tipos de manipulação seriam mais benéficos.
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