O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurológica complexa que afeta a comunicação, interação social e comportamento. Pesquisadores estão constantemente buscando novas abordagens terapêuticas para melhorar a qualidade de vida de indivíduos com TEA. Um estudo recente avaliou o potencial da citolina, um composto que atua na síntese de fosfatidilcolina, um componente importante das membranas celulares do cérebro, em crianças com TEA.
O estudo clínico randomizado e aberto, realizado no Irã, envolveu 101 crianças com TEA com idade inferior a 18 anos. Os participantes foram divididos em dois grupos: um grupo recebeu citolina por via intramuscular (10 mg/kg), enquanto o outro grupo serviu como controle. A avaliação dos sintomas do TEA foi realizada antes e após dois meses de tratamento, utilizando escalas como o M-CHAT para crianças menores de 3 anos e o GARS para crianças acima dessa idade.
Os resultados da pesquisa não demonstraram benefícios clínicos significativos da citolina em crianças com TEA. Não houve diferenças estatisticamente relevantes entre os grupos em relação à melhora dos sintomas avaliados pelas escalas M-CHAT e GARS. Adicionalmente, a citolina não apresentou efeitos positivos em nenhuma das subescalas do GARS. Diante desses achados, os pesquisadores concluem que, atualmente, não há evidências suficientes para justificar a prescrição de citolina para crianças com TEA, e essa prática deve ser desencorajada, a menos que estudos futuros com metodologias robustas demonstrem o contrário. É crucial que pais e profissionais de saúde se baseiem em evidências científicas sólidas ao considerar opções de tratamento para o TEA.
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