O treinamento de força, também conhecido como musculação, é uma prática essencial para a saúde geral, promovendo o ganho de massa muscular, a força e a densidade óssea. No entanto, diferentes métodos de treinamento podem afetar o sistema cardiovascular de maneiras distintas. Um estudo recente investigou como duas configurações de treino de força – o método tradicional (TRD) e o método de séries clusterizadas (CLT) – impactam a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) e a pressão arterial em homens treinados.
No método tradicional, as séries são realizadas de forma contínua, com um intervalo fixo entre elas. Já no método de séries clusterizadas, o volume total é o mesmo, mas as séries são divididas em pequenos ‘clusters’ com pausas mais frequentes. O estudo envolveu 16 homens com experiência em treinamento de força que realizaram exercícios para a parte superior do corpo em ambas as configurações. Os resultados mostraram que o método CLT promoveu uma recuperação cardíaca autonômica mais rápida, enquanto o método TRD tendeu a levar a uma maior hipotensão pós-exercício (queda da pressão arterial após o exercício).
Essas descobertas sugerem que a escolha da configuração do treino de força deve ser baseada em objetivos específicos. Se o foco é acelerar a reativação do sistema nervoso parassimpático (responsável pelo relaxamento e recuperação), o método CLT pode ser mais indicado. Por outro lado, se o objetivo é reduzir a pressão arterial sistólica, o método TRD pode ser mais eficaz. É importante ressaltar que ambos os métodos demonstraram benefícios, e a melhor opção dependerá das necessidades individuais e das metas de cada pessoa. A orientação de um profissional de educação física é fundamental para determinar a estratégia mais adequada e segura.
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