Um estudo recente publicado na revista Clinical Rheumatology em 2025 revelou uma importante conexão entre a fragilidade e a dor em pacientes com osteoartrite no joelho. A pesquisa destaca que pessoas com níveis mais altos de fragilidade podem experimentar uma dor significativamente maior, mesmo que a gravidade da osteoartrite, avaliada por meio de exames radiográficos, seja semelhante à de indivíduos menos frágeis.
A osteoartrite do joelho é uma das principais causas de incapacidade em adultos mais velhos. Uma das dificuldades no tratamento reside na inconsistência entre os resultados dos exames de imagem e a intensidade dos sintomas relatados pelos pacientes. A fragilidade, definida como o acúmulo de déficits de saúde ao longo do tempo, surge como um fator moderador nessa relação. O estudo envolveu 3.271 participantes, com idades entre 45 e 79 anos, que foram avaliados quanto à gravidade da osteoartrite por meio da escala Kellgren-Lawrence Grade (KLG) e quanto à fragilidade, utilizando um índice de 31 itens. A dor foi avaliada por meio do questionário Knee Injury and Osteoarthritis Outcome Score (KOOS).
Os resultados mostraram que tanto a gravidade radiográfica quanto a fragilidade estavam negativamente associadas aos escores de dor KOOS. No entanto, a fragilidade moderou essa relação, indicando que a associação entre a gravidade da osteoartrite e a dor era mais forte em participantes com maior fragilidade. Em outras palavras, pessoas com fragilidade leve a moderada a grave apresentaram uma correlação mais intensa entre os resultados dos exames de imagem e a dor sentida, em comparação com aqueles considerados não frágeis ou com fragilidade muito leve. A conclusão principal do estudo é que a avaliação da fragilidade deve ser incorporada ao tratamento da osteoartrite do joelho, pois ela influencia significativamente a experiência de dor dos pacientes.
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