Independência em Pacientes com Lesão Medular no Brasil: Fatores Influenciadores

Um estudo recente realizado no Brasil investigou os fatores que afetam a independência funcional de indivíduos com lesão medular (LM). A pesquisa, de natureza transversal, analisou dados de 121 participantes, buscando identificar correlações entre a independência e aspectos pessoais, sociais, características da lesão, além de funções intestinais e da bexiga. A compreensão desses fatores é crucial para o desenvolvimento de intervenções e políticas de saúde mais eficazes.

Os resultados apontaram que o nível neurológico da lesão apresenta a correlação mais significativa com a independência funcional. Ou seja, a localização da lesão na medula espinhal tem um impacto direto na capacidade do indivíduo de realizar atividades diárias. Outros fatores relevantes identificados incluem o sexo do paciente, a classificação da lesão de acordo com a escala ASIA (American Spinal Injury Association) Impairment Scale, e os padrões de funcionamento intestinal e da bexiga. É importante ressaltar que a escala ASIA avalia o grau de comprometimento neurológico da lesão medular, auxiliando na definição do prognóstico e tratamento.

A pesquisa destaca a importância de considerar uma abordagem holística no tratamento e reabilitação de pacientes com LM. Embora o nível neurológico da lesão seja um fator não modificável, a atenção aos aspectos relacionados à função intestinal e da bexiga, assim como o desenvolvimento de estratégias específicas considerando o sexo e a classificação da lesão, podem contribuir significativamente para melhorar a independência funcional e a qualidade de vida dessas pessoas. O estudo reforça a necessidade de mais pesquisas e intervenções focadas na população brasileira com lesão medular, visando promover a autonomia e a inclusão social.

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