A reabilitação após um Acidente Vascular Cerebral (AVC) é um processo complexo, que visa recuperar a função motora e a independência do paciente. Um estudo recente investigou o impacto da adição de exercícios de estabilização escapular (EEE) à neuroreabilitação convencional, com resultados promissores na melhora da espasticidade e da função motora dos membros superiores.
O estudo, de caráter duplo-cego e randomizado, envolveu pacientes que sofreram AVC e foram divididos em dois grupos: um que recebeu apenas neuroreabilitação padrão (NR) e outro que recebeu NR combinada com EEE. Após seis semanas de programa, ambos os grupos apresentaram melhoras, mas os pacientes que realizaram os exercícios de estabilização escapular demonstraram avanços significativamente maiores na redução da espasticidade, na melhora da função motora do membro superior, na independência nas atividades de vida diária (AVDs) e na qualidade de vida.
Os resultados sugerem que a instabilidade escapular pode comprometer a biomecânica do ombro, agravando a espasticidade e a disfunção motora após o AVC. Ao fortalecer os músculos que estabilizam a escápula, os EEE podem contribuir para um melhor alinhamento e funcionamento do ombro, facilitando a recuperação da função do braço e da mão. Além disso, o estudo observou uma melhora na função cognitiva no grupo que realizou os EEE, indicando um possível benefício adicional desses exercícios para a reabilitação neurológica. A combinação de neuroreabilitação com exercícios de estabilização escapular representa uma abordagem promissora para otimizar a recuperação de pacientes pós-AVC, proporcionando melhor qualidade de vida e independência funcional.
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